Hoje começou a primavera. É a entrada de um novo ciclo. Eu
também estou entrando em um novo ciclo... Não queria. Queria que as coisas
estivessem como estavam no ano passado, mesmo com a luta, minha irmã estava
agüentando. Mas não deu. A vida não quis.
Depois de curtir meu luto dois meses, sendo dois meses com a alma chorando e o coração em mil pedacinhos a vida se encarregou de ir arranjando outras coisas e agora justamente com a entrada da primavera tenho que renascer. Fiquei dois anos afastada da astrologia e do tarô, na verdade eu até tinha acreditado que tinha aposentado as chuteiras... Me senti como um jogador de futebol que erra o gol decisivo do campeonato e fica desgostoso da vida e resolve abandonar a carreira. Eu joguei a bola fora e não me perdoei por isso. Sempre me achei ótima em previsões, na verdade era minha especialidade na astrologia. Com o tempo fui até parando de fazer mapa natal e fui focando só em previsão. Eu não ter visto a doença no mapa da minha irmã foi um erro que não pude me perdoar. Só olhei o mapa dela no dia que ela me telefonou contando que tinha feito um exame e ia conversar com o médico. Bom essa história eu já contei no post * ... Me senti como alguém que está correndo das lavas de um vulcão e se encontra em um beco sem saída. Não tinha para onde correr. Era aceitar que a lava vinha e pronto. Deve ser assim que uma pessoa que está dentro de um avião caindo se sente. Olhei para o mapa dela tarde demais. Muitas vezes me questionei isso. Se foi minha culpa ou se eu nada poderia fazer para impedir o desfecho triste dessa parte da nossa história de vida. Isso me fez querer largar tudo... Cinco anos de estudo, mais 4 anos de trabalho, 9 anos me dedicando a astrologia e ao tarô e de repente parei. Parei por perceber que não posso ver tudo, não posso prever o que o Universo não quer que eu preveja. Será que existem pedaços da nossa vida que nos é jogado um véu e só os seres do mais alto escalão do céu podem ver? Eu tinha o hábito de olhar minha vida até com uma boa margem para frente, isso me dava uma certa tranqüilidade porque eu sabia que uma fase ruim tinha dia certo para acabar. Isso também ajuda muito nos relacionamentos. Quando eu via que existia um período que poderia acabar em rompimento eu segurava a onda legal e ficava muito boazinha, sem reclamar nada. Já nos períodos que eu via que tudo estava bem, nesses eu podia abrir a boca porque no final tudo ia se acertar. Eu sempre tive essa garantia, ou achava que tinha, a garantia de saber se era um momento sujeito a chuvas ou trovoadas ou não. Talvez por isso eu tinha sempre alto astral, levava minha vida de forma leve e todo dia ia pedalar e deixar o vento varrer a minha alma. Pegava a minha bicicleta e ia para a orla, pedalava olhando o mar, com o coração sereno e a cabeça em paz. Ai veio a doença da minha irmã e tudo mudou. Mudou a nossa vida e mudou o meu ser. Nesses dois meses de luto achei que tinha morrido junto com ela. Achei até que meu casamento não ia resistir. Quem agüenta alguém que morreu para a vida ainda viva? Mas meu casamento resistiu... Ainda bem! E o resto também. Mas aquela “Mônica” que tinha a alma leve e pedalava todos os dias não. Aquela foi junto com a minha irmã lá para a outra dimensão. A Mônica que ficou aqui eu ainda não conheço bem... Sei que está tentando trocar a tristeza com novos momentos. Mas ainda está em fase de negociação. Mas acho que o Universo achou que eu estava demorando muito para fazer essa negociação e deu uma saculejada na minha vida. Acho que os seres lá de cima perceberam que estavam pegando muito pesado comigo e resolveram mudar o rumo da história. É porque tem muita história bonita com final trágico: “Romeu e Julieta”, “Doce novembro”, “Cidade dos Anjos”, “Menina de ouro”... Eu adoro filme, mas não queria que a minha vida tivesse um desfecho desses. Como a minha história ainda não chegou ao final ainda dá tempo de dar uma revira-volta nesse enredo. Drama no cinema é bonito, a gente lembra de “Casablanda”, “E o vento levou...” e acha lindo... Mas e quando o drama é na nossa vida? Minha família é muito pequena, e eu achei uma injustiça desses seres que comandam o destino levarem a minha irmã. O que me veio a cabeça foi o filme “Resgate do Soldado Ryan” quando Tom Hanks diz para ele “faça por merecer...”. Acho que quem fica tem essa missão, de fazer por merecer ter ficado. Mas no momento de dor é muito difícil ter essa força. A doença da minha irmã ao longo desse tempo foi tirando pedaços de mim, talvez os meus pedaços mais fortes. Aqueles que agüentavam as barras pesadas. Acho que cada barra pesada que a gente enfrenta esse pedaço seu que era forte se desgasta um pouco e a morte da minha irmã fez mais do que desgastar uma parte minha, tirou um pedaço de mim. As vezes eu acho que a gente tem um panteão de almas habitando dentro da gente e em cada fase da vida uma delas se destaca. A alma que fazia parte do meu lado leve, alegre, divertido e que levava a vida numa boa (tipo rider) essa foi levada da terra quando levaram a alma da minha irmã. Acho que outras almas desse panteão também foram levadas e ficou um buraco. Então os seres que fazem parte desse conselho lá no astral tiveram que re-escrever meu script porque a protagonista estava sem papel. Ai veio a primavera, época do renascimento, onde brotam as flores e os animais saem para a vida e vão se acasalar. É a vida acordando do longo e escuro inverno. Acho que esses seres espirituais acharam que eu tinha que acordar do meu inverno pessoal e das noites escuras que eu estava vivendo e trouxeram várias coisas novas para que o panteão de almas que habita em mim renascesse para a vida também. A primeira delas foi o noivado da minha filha. Foi a primeira comemoração depois dessa fase amarga. E logo depois jogaram no meu colo o projeto do Portal de Voz.
Depois de curtir meu luto dois meses, sendo dois meses com a alma chorando e o coração em mil pedacinhos a vida se encarregou de ir arranjando outras coisas e agora justamente com a entrada da primavera tenho que renascer. Fiquei dois anos afastada da astrologia e do tarô, na verdade eu até tinha acreditado que tinha aposentado as chuteiras... Me senti como um jogador de futebol que erra o gol decisivo do campeonato e fica desgostoso da vida e resolve abandonar a carreira. Eu joguei a bola fora e não me perdoei por isso. Sempre me achei ótima em previsões, na verdade era minha especialidade na astrologia. Com o tempo fui até parando de fazer mapa natal e fui focando só em previsão. Eu não ter visto a doença no mapa da minha irmã foi um erro que não pude me perdoar. Só olhei o mapa dela no dia que ela me telefonou contando que tinha feito um exame e ia conversar com o médico. Bom essa história eu já contei no post * ... Me senti como alguém que está correndo das lavas de um vulcão e se encontra em um beco sem saída. Não tinha para onde correr. Era aceitar que a lava vinha e pronto. Deve ser assim que uma pessoa que está dentro de um avião caindo se sente. Olhei para o mapa dela tarde demais. Muitas vezes me questionei isso. Se foi minha culpa ou se eu nada poderia fazer para impedir o desfecho triste dessa parte da nossa história de vida. Isso me fez querer largar tudo... Cinco anos de estudo, mais 4 anos de trabalho, 9 anos me dedicando a astrologia e ao tarô e de repente parei. Parei por perceber que não posso ver tudo, não posso prever o que o Universo não quer que eu preveja. Será que existem pedaços da nossa vida que nos é jogado um véu e só os seres do mais alto escalão do céu podem ver? Eu tinha o hábito de olhar minha vida até com uma boa margem para frente, isso me dava uma certa tranqüilidade porque eu sabia que uma fase ruim tinha dia certo para acabar. Isso também ajuda muito nos relacionamentos. Quando eu via que existia um período que poderia acabar em rompimento eu segurava a onda legal e ficava muito boazinha, sem reclamar nada. Já nos períodos que eu via que tudo estava bem, nesses eu podia abrir a boca porque no final tudo ia se acertar. Eu sempre tive essa garantia, ou achava que tinha, a garantia de saber se era um momento sujeito a chuvas ou trovoadas ou não. Talvez por isso eu tinha sempre alto astral, levava minha vida de forma leve e todo dia ia pedalar e deixar o vento varrer a minha alma. Pegava a minha bicicleta e ia para a orla, pedalava olhando o mar, com o coração sereno e a cabeça em paz. Ai veio a doença da minha irmã e tudo mudou. Mudou a nossa vida e mudou o meu ser. Nesses dois meses de luto achei que tinha morrido junto com ela. Achei até que meu casamento não ia resistir. Quem agüenta alguém que morreu para a vida ainda viva? Mas meu casamento resistiu... Ainda bem! E o resto também. Mas aquela “Mônica” que tinha a alma leve e pedalava todos os dias não. Aquela foi junto com a minha irmã lá para a outra dimensão. A Mônica que ficou aqui eu ainda não conheço bem... Sei que está tentando trocar a tristeza com novos momentos. Mas ainda está em fase de negociação. Mas acho que o Universo achou que eu estava demorando muito para fazer essa negociação e deu uma saculejada na minha vida. Acho que os seres lá de cima perceberam que estavam pegando muito pesado comigo e resolveram mudar o rumo da história. É porque tem muita história bonita com final trágico: “Romeu e Julieta”, “Doce novembro”, “Cidade dos Anjos”, “Menina de ouro”... Eu adoro filme, mas não queria que a minha vida tivesse um desfecho desses. Como a minha história ainda não chegou ao final ainda dá tempo de dar uma revira-volta nesse enredo. Drama no cinema é bonito, a gente lembra de “Casablanda”, “E o vento levou...” e acha lindo... Mas e quando o drama é na nossa vida? Minha família é muito pequena, e eu achei uma injustiça desses seres que comandam o destino levarem a minha irmã. O que me veio a cabeça foi o filme “Resgate do Soldado Ryan” quando Tom Hanks diz para ele “faça por merecer...”. Acho que quem fica tem essa missão, de fazer por merecer ter ficado. Mas no momento de dor é muito difícil ter essa força. A doença da minha irmã ao longo desse tempo foi tirando pedaços de mim, talvez os meus pedaços mais fortes. Aqueles que agüentavam as barras pesadas. Acho que cada barra pesada que a gente enfrenta esse pedaço seu que era forte se desgasta um pouco e a morte da minha irmã fez mais do que desgastar uma parte minha, tirou um pedaço de mim. As vezes eu acho que a gente tem um panteão de almas habitando dentro da gente e em cada fase da vida uma delas se destaca. A alma que fazia parte do meu lado leve, alegre, divertido e que levava a vida numa boa (tipo rider) essa foi levada da terra quando levaram a alma da minha irmã. Acho que outras almas desse panteão também foram levadas e ficou um buraco. Então os seres que fazem parte desse conselho lá no astral tiveram que re-escrever meu script porque a protagonista estava sem papel. Ai veio a primavera, época do renascimento, onde brotam as flores e os animais saem para a vida e vão se acasalar. É a vida acordando do longo e escuro inverno. Acho que esses seres espirituais acharam que eu tinha que acordar do meu inverno pessoal e das noites escuras que eu estava vivendo e trouxeram várias coisas novas para que o panteão de almas que habita em mim renascesse para a vida também. A primeira delas foi o noivado da minha filha. Foi a primeira comemoração depois dessa fase amarga. E logo depois jogaram no meu colo o projeto do Portal de Voz.
Eu escrevi horóscopo durante quase quatro anos para uma
empresa que tem um sistema de telefonia para receber ligações tipo votar em
alguém para sair de um programa por exemplo (essa empresa faz o da Rede Record,
“A Fazenda”. Eles divulgavam o horóscopo que eu escrevia nos canais dele, eu
nem tinha acesso. Até que encontrei o dono da empresa na ponte aérea e ele me
falou do projeto de ter um Portal de Voz só para mim. E no meio desse meu luto
fui colocada contra parede para colocar o projeto em andamento. Meu pai, meu
marido e minha filha acharam que eu deveria tentar. Seria uma maneira de
conseguir ocupar a minha cabeça com outras coisas que não fosse a lembrança da
minha irmã nesses últimos meses que vivi ao lado dela intensamente. Ta certo
que eu tenho o trabalho na lavanderia. Mas lá não é um trabalho que ocupe a
mente. É um trabalho que ocupa o corpo e a cabeça continua pensando na minha
irmã.. Decidi aceitar o projeto. Comecei
a ler e estudar novamente. Li o que eu mesma escrevi. Estranho como as palavras
que eu disse para tanta gente que passava por momentos difíceis agora foram
primordiais para que eu pudesse renascer, como a primavera. Comecei a ler
minhas anotações, minhas colunas de horóscopo, meus textos, eles foram me dando
uma força que achei que tinha perdido. Estranho, eu falando comigo mesmo. Como
se eu estivesse em frente a um espelho e a minha imagem estivesse me dando
conselhos. Tipo o filme da Mary Poppins, quem viu lembra que a imagem dela se
mexia de forma independente dela. Foi assim que me senti lendo meus conselhos
para mim mesma. Coisa louca isso. E aos poucos minhas palavras foram me dando
força. Quando eu vi já estava totalmente envolvida com o projeto. Comecei a
escrever sobre os arcanos do tarô e fui para o estúdio gravar. Primeiro projeto
pronto e faltava escrever e gravar os horóscopos. Perdi a prática. Naquele
tempo eu olhava o mapa do céu na tela do computador, fazia o cálculo dos ângulos
dos planetas e já sabia qual signo recebia
o aspecto bom e qual signo recebia o
aspecto ruim. Agora to enferrujada. To tendo que imprimir o mapa do céu dia por
dia e rabiscar os ângulos, os aspectos e daí escrever. Naquela época escrevia
em uma hora... Agora, o primeiro que escrevi demorei quatro horas para
escrever. Nem eu acreditei! Comecei a escrever para o dia primeiro de setembro,
no dia quatro de setembro o Portal já funcionava mas estava com problemas e não
completava a ligação com determinadas operadoras. Mas ontem me avisaram que o
Portal estava perfeito. Funcionando que uma beleza. Coincidência ser na véspera
da Primavera? É ta na hora de renascer e colocar mais cor na minha vida. O Horóscopo
de hoje falei da primavera, claro, que é a entrada do Sol no Signo de Libra.
Resolvi
fazer um vídeo e colocar no youtube. Como fiquei muito tempo sem postar no blog de astrologia ele estava
abandonado... Então nem tenho certeza se
alguém vai ver. Mas o vídeo serve para me inspirar e quero fazer exatamente
aquilo que escrevi e dar boas vindas para as boas energias.
O meu inverno
pessoal terminou. Está na hora de desabrochar para a vida, junto das flores! Desejo
para todos vocês meus amigos aqui do blog uma ótima primavera também. Comecem
seus ciclos e renasçam. Se a natureza faz isso, precisamos fazer também! Que as
boas energias do Sol em Libra traga o equilíbrio necessário para a vida de cada
um.
Beijos
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