domingo, 1 de julho de 2012

Ultimo dia na casa de Dom Inácio, 29/06/2012

Como meu costume levantei às seis horas. Olhei para a cama do meu pai e ele estava de olhos abertos. Ainda com muito frio. Sugeri que ele colocasse o casaco acolchoado que eu trouxe e nem usei. Ele colocou, mas ficou muito apertado. Ele dizia que nada passava o frio, que o frio vinha de dentro. Coitado do meu pai... Essa viagem foi sacrificante para ele. Mas ele fez questão de vir em busca do milagre para a filha dele!

Fomos tomar o café da manha, e eu fiquei um pouco na varanda para o deixar ele tomar o banho dele e se arrumar com mais privacidade no quarto. Sei que ainda tendo que manter repouso, por isso sentei em uma cadeira e fiquei bem quietinha. Difícil e dizer para as pessoas que não posso conversar... Toda hora chegava um querendo bater papo e eu explicava: “me desculpe, eu fiz uma cirurgia espiritual e não posso conversar.”

Nesse momento recebi uma mensagem de texto da Dejane dizendo que na lavanderia estava tudo bem e me desejando um bom dia aqui em Abadiânia. Mais gente colocando força e boa energia no procedimento aqui de Abadiânia, que bom!

Quando deu onze horas eu pude sair do meu repouso, pois completava as 24horas da cirurgia espiritual. Eu e papai resolvemos olhar uma pousada que a Susi Verde recomendou, irmão Sol Irma Lua. Como era bem perto da nossa fomos a pé. Ela ficava umas três ruas paralelas a da nossa pousada. Quando chegamos à rua da pousada irmão Sol Irma Lua vimos uma pousada novinha um quarteirão antes, pousada Santa Clara e fomos ver.







Tudo novinho e bem cuidado, ela tinha inaugurado há dois meses. O único problema e que a cozinha ainda estava em obras, então ela só tem café da manha, não tem almoço nem janta, mas isso da se um jeito. Chegamos à pousada Irmão Sol Irma Lua, essa sim, uma graça!




Desde as áreas conjuntas ate as instalações dos quartos. Tudo uma graça, o único problema e que eles tem muitas reservas e é difícil achar quartos vagos.
Eles possuem um predio anexo, o namastê, novinho, mas que só tem os quartos, é preciso atravessar a rua e ir para o restaurante e as outras áreas da pousada no predio princial.





Mas saímos de lá satisfeitos, tenho certeza que vamos conseguir agendar em uma das duas. Agora sabemos que podemos voltar com um pouco mais de conforto.
A pousada possui um convenio com uma empresa de transporte, para facilitar a locomoção:
Aproveitamos o dia mais tranquilo para dar uma voltinha pela cidade:







Voltamos para o hotel, almoçamos e pedimos um taxi, para ir pela ultima vez de nossa estadia aqui em Abadiânia, para casa de Dom Inácio.

Chegamos e fomos direto para a livraria par marcar um banho de cristal para mim e para o papai.



Ele foi reclamando, como sempre (a reclamação já faz parte de sua personalidade, exigente D+!). Chegamos à frente das cabines a atendente nos direcionou, um para cada cabine. Eu acompanhei o papai para a cabine dele, para ajudá-lo a colocar suas sacolas na cadeira, e na hora que eu estava saindo para minha cabine ele começou a falar alto, mandando segurar a calca dele, pois ele queria tirar o cinto e os acessórios de metal. Eu tentei explicar que ele poderia fechar a porta e sozinho sentado, com calma, tirar o cinto, mas ele não escuta, então para não deixar baixar a minha vibração o deixei ele resmungando sozinho... Isso não e crueldade, mas sim tento ensinar a ele que podemos viver de forma tranqüila ou nervosa o tempo todo, mas nesse momento ele tenta se conter, mas não consegue deixar de ficar nervoso. Mas aqui viemos em busca de paz e tranqüilidade, para alcançar a cura de minha irmã. Sei que ele está se esforçando  para tentar acalmar o coração. Entendo que a situação da minha irmã é muito séria, mas ele não ficou nervoso depois da doença dela, ele já era assim, com a doença dela se agravou aind mais... Talvez seja hora dele tentar mudar, nunca é tarde...

Nesse momento recebi uma mensagem da Aninha perguntando como a gente estava e se tínhamos falado novamente com a entidade. Como são muitas informações deixei para falar com ela no RJ. Mas sei que ela está lá, mandando muitas vibrações para que tudo dê certo!

Passaram. se os vinte minutos do banho de cristal e fomos ate o jardim dos fundos, colocar a foto da minha irmã em um triangulo de madeira que tem dentro de uma pequena capelinha.





 Fizemos os nossos apelos e fomos para o salão principal. La na frente do salão principal também tem um triangulo de madeira, e também fui colocar uma foto da minha Irmã lá, reforçando nossos pedidos para seu restabelecimento. Em seguida meu pai também foi lá, e fez os seus pedidos.



Nesse momento meu cunhado me mandou um torpedo com noticias da minha irmã dizendo que a infecção diminuiu, os parâmetros estavam em um nível normal, mas as plaquetas ainda em um nível muito baixas, preocupantes. Ela ainda esta recebendo transfusão, mas ainda não esta mantendo o nível.

Aproveitei que estava naquela casa cercada de espíritos de luz e pedi para os médicos socorristas do astral ajudarem com o nível das plaquetas. Orei muito e pedi que uma falange socorrista fosse urgente ao auxilio de minha irmã.

Como sempre, apos a abertura dos trabalhos foi chamada a fila das pessoas que tinham cirurgia espiritual marcada. Depois chamaram a fila das duas horas, a fila da revisão, a fila da segunda vez, a fila da primeira vez e por ultimo a fila da despedida, conhecida como "bye bye line". Nos fomos na fila da despedida, passamos pela corrente e depois pelo médium João de Deus. Eu e meu pai estávamos com a foto da minha irmã na mão, e João de Deus mais uma vez falou algo semelhante 'eu vou curar sua filha..." Fomos direcionados para a sala de passes e depois saímos.

 Como eu queria aguardar a saída do João de Deus ficamos pelo jardim esperando os trabalhos serem encerrados. Fomos ate o mirante, admirando a beleza e a energia do local. ali e um lugar para meditarmos sobre nossos propósitos e tentei ficar alguns minutos em silencio.





Para o papai isso e muito difícil, ele não consegue fazer silencio, exceto quando ele briga e fica danado da vida... Tentei conciliar alguns segundo de silencio, orando pela minha irmã com os chamados dele.



Enquanto aguardávamos a saída do João de Deus meu pai fez amizade com um americano que também era fotografo. Eles ficaram tirando algumas fotos e depois trocaram emails. Então finalmente João de Deus veio ate o jardim e começou a tirar fotos com as pessoas.



 Também conseguimos tirar a nossa foto.


Foi assim que encerramos nossas atividades na casa de Dom Inácio nessa nossa primeira vinda a Abadiânia.
Chegou a hora de me despedir da casa de Dom Inácio, pelo menos nessa viagem.



Resolvemos voltar caminhando devagar... Papai aproveitou e fez algumas fotos.


 Ele faz fotos artísticas, todas lindas. Olhando para o lugar que ele fotografou e para a foto não da para imaginar que e o mesmo lugar. Ele coloca uma magia na foto que ela se transforma, se ilumina, se acende perante nossos olhos. Eu faço fotos de reportagem, fotografo as coisas que fazemos e onde passamos, como um arquivo visual para se juntar com minhas anotações e formar esse meu diário.




No meio do caminho paramos na lanchonete, eu fui tomar meu suco (tomei uma mistura chamada Amazônica) e papai um cappuccino.




Conversamos um pouco e voltamos a caminhar em direção a pousada. No caminho meu pai viu um rapaz fotografando uma galinha e parou para conversar com eles, dizendo que gostava muito desse tipo de fotografia, que ele chamou de construtivista e deu uma pequena aula para o rapaz.

Como meu pai mesmo disse, sempre que vê alguém interessado em fotografia ele tenta incentivar a pessoa a seguir por esse caminho e alimenta a sementinha que já existe dentro dela. Ele prega seu amor à fotografia de uma maneira muito especial. Talvez essa seja a forma dele se aproximar de Deus, pelas artes. E suas fotografias são suas preces em forma de imagens.
Eu aproveitei para fotografar o sol começando a se por.



 Chegamos à porta da pousada e o sol estava começando a sumir e  se pondo,  ultimo por do sol nosso em Abadiânia. Então fomos ate o final da rua registrar os últimos momentos do astro sol banhando com seus últimos raios de luz essa cidade sagrada. Esse foi o nosso ultimo por do sol aqui, pelo menos nessa estadia, então queríamos aproveitar todos esses segundos de beleza e de energia enviados do céu.




Estava caminhando de volta para a pousada quando o meu marido me ligou perguntando se eu tinha deixado a chave dele na portaria. Claro que não, eu nem sei o que ele fez com a chave dele e mesmo se soubesse por que eu iria deixar a chave dele na portaria? E com aquele humor que lhe e peculiar começou a reclamar que o vôo dele era muito antes do meu e como ele iria entrar em casa e bla bla bla... Já percebi que faz parte da minha provação me manter serena mesmo com as reclamações do meu pai e do meu marido. Deixei-oele falar a vontade e quando ele cansou desliguei. Ele pediu então para minha filha deixar a chave dele na portaria, mas nessa hora, final do dia, sexta. feira, ela já tinha ido para a casa do namorado. Se todo mundo lembrasse o tempo todo do que a minha irmã esta passando cheia de tubos naquela UTI todo mundo ia se achar abençoado. Problemas tem ela, o resto não e nada!

Minha comadre, Chris, me mandou uma mensagem perguntando como estão as coisas. São tantas coisas para contar que achei melhor falar com ela quando voltar para o RJ.

Fomos para a pousada, tomei meu banho e fomos jantar. Muitas pessoas já tinham ido embora e a pousada estava bem vazia. Na hora do jantar só tinha eu e meu pai. Comemos em silencio, pois estávamos escutando o dono da pousada no telefone discutindo, comi rápido para sair dali. Não quero abaixar minhas vibrações, afinal vim em busca de energias espirituais, que são energias de harmonia que não podem se contaminar com desavenças.

Fomos para o quarto. Conversamos alguns fatos da minha infância e de minha Irmã. Conversamos também da dedicação a espiritualidade que minha mãe tinha. Ela lia e estudava muito e toda minha base espiritual foi ela quem me deu.

Lembrei a ele um fato que aconteceu quando eu ainda era adolescente. Minha mãe sempre rezava antes de dormir e pedia para enquanto seu corpo físico estivesse descansando que seu espírito ao sair do corpo fosse ajudar as pessoas. Uma vez uma vizinha nossa, Marcia (que estava doente, estava internada no hospital) durante a noite se mexeu e esbarrou na sua mascara de oxigênio dormindo e sonhou com minha mãe mandando acordar e chamar a enfermeira. Ela assim o fez e disse que foi a minha mãe que salvou a sua vida.

Minha mãe foi durante um bom tempo na casa da minha prima Liana para fazer reuniões e estudos espíritas. Essas reuniões tinham a coordenação de um senhor chamado Rogério que nos dava lindas lições de como a espiritualidade anua em nossa vida.

Depois que conversamos bastante eu e meu pai resolvemos fazer mais uma prece para minha irmã, pedindo principalmente para que ela conseguisse manter o nível das plaquetas. O engraçado e que uma hora depois recebi um torpedo do meu sobrinho dizendo: ' Oi tia, acho que seus esforços estão fazendo efeito. Ela esta melhor da infecção e com mais plaquetas. Nenhum exame piorou." Com essa noticia fui dormir em paz... Mas por pouco tempo. Por volta das onze e pouco da noite vi meu pai se levantando, abrindo a porta e 'descascando" em cima das pessoas que estavam conversando no salão das refeições. Ele dizia que era impossível dormir com eles falando, as pessoas pediram desculpa e ofereceram um chá para ele, mas ele só gritava falando "eu não quero chá nenhum, quero um dormonid!" Depois dessa confusão ele voltou para o quarto. Eu continuei quieta no meu canto, coloquei a mascara de dormir, virei para o lado e apaguei...

Um comentário:

  1. Tudo de bom em sua vida, seu blog, entre outros, me ajudou muito. Paz e Amor ilumine o seu caminho.

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