domingo, 1 de julho de 2012

Dia de ir para Abadiânia, 26/06/2012

Finalmente chegou o dia de ir para Abadiânia. Estava muito ansiosa com isso, pois deposito muitas expectativas no encontro com o médium João de Deus e o que ele pode fazer pela minha irmã. Tomei meu café, dei alguns telefonemas, inclusive para a lavanderia (com recomendações para a semana) e fui me arrumar. Marquei meu taxi para ir para o aeroporto às 10h30min da manha. Nessa hora meu pai já estava me ligando, dizendo que estava descendo com as malas. Como ele mora mais perto do aeroporto que eu, ele provavelmente ia chegar antes. Mas entendo que ele esta ainda mais ansioso que eu, afinal a Dede e filha dele e não existe amor maior que amor de pai para filha.

Quando cheguei ao aeroporto ele estava sentadinho com suas malas a minha espera. Fomos despachar as malas e descobrimos que o assento que o meu pai marcou não reclinava porque atrás era à saída de emergência. Ele não se incomodou porque disse que não reclina mesmo a cadeira.
 Subimos para o andar do embarque e fomos à Kopenhagen, ele tomou um café e eu um chocolate.

 Depois passamos pelo detector de mete ficamos aguardando a confirmação do portão de embarque. Ficamos sentados ali no meio, perto do portão quatro.

Quando apareceu no painel o portão sete nos encaminhamos para lá.

 Depois que sentamos lá anunciou o nosso vôo, embarque imediato no portão dois. Isso para o meu pai e um terror. Ele anda bem devagar e hoje em dia esta ate com dificuldade de levantar os pés direito, mas fomos para o portão dois. Chegamos lá já tinha uma fila enorme, nos sentamos porque ele é prioridade, e para o nosso espanto, não teve fila de prioridade. Ele andando daquele jeitinho teve que encarar a muvuca desesperada. Como ele tenta se equilibrar andando e abrindo um pouco os braços veio um rapaz correndo feito uma bala e eu pedi para o papai encostar porque ele estava com pressa. Nossa, alem de desrespeitoso com um idoso ele ainda foi sem educação porque parou para bater boca me chamando de sem educação (porque eu pedi para o papai encostar porque ele estava com pressa). Ai papai começou a bater boca com ele, foi horrível. E para o nosso azar estávamos em filas próximas dentro do avião.

No assento já nem lembrava mais da grosseria do rapaz, e conversávamos sobre nossas esperanças depositadas nessa viagem. Papai estava um misto de tristeza e esperança. Durante o vôo abri meu tablet para nos vermos algumas fotos de família. Mas ele começou a ficar emocionado e pediu para parar. Ele então começou a dar sua caminhada dentro do avião, para esticar as pernas. Quando vimos já estávamos em Brasília.

Quando a gente saiu do desembarque não achamos o rapaz da pousada com a plaquinha com o nosso nome. Como meu pai e muito nervoso começou a ligar para o dono da pousada espinafrando ele...

Eu morri de vergonha, mas eles entenderam, afinal gente idosa tem essa vantagem, uma parcela maior de compreensão das pessoas. Quando encontramos o rapaz, Danilo papai se acalmou e voltou a ficar bonzinho. E pegamos a estrada.

No caminho fizemos umaparada, para meu pai esticar as pernas. O dia estava bonito e a viagem foi tranquila.




Demoramos em torno de uma hora e meia ate Abadiânia.

Chegamos à pousada fomos muito bem recebidos.


 Uma das coisas que gostei foi ver uma árvore  cheia de flores roxas, como minha irmã adora!

A pousada tem uma cara simpática, mas é extremamente simples...




 Na verdade acho que foi a mais simples que já fiquei na minha vida. Papai quase teve um troço!
Cama dura, lençóis bem velhinhos (todos estampados descasados) travesseiro duro como se a gente colocasse a cabeça numa pedra.

O banheiro então nem se fala, Era tão pequeno que se eu abrisse os braços para qualquer lado batia nas paredes. O chuveiro (elétrico, daquele que fica um pinga pinga) ficava ao lado do vaso sanitário (não tinha box), quando a gente acabava o banho tinha que puxar a água com rodo. A água da pia gelada de congelar a Mao. No banheiro no tinha gancho para toalha, então a gente tinha que deixar a toalha do lado de fora. Também não tinha gancho para o papel higiênico, que a gente apoiava na saboneteira.

O quarto não tinha sabonete (ainda bem que o papai trouxe porque não vi nenhum tipo de vendinha ou farmácia por perto para comprar). Papai achou o quarto um gelo, por mais que ele colocasse mais roupa continuava com frio. Eu pedi outra coberta para ele, mas ele achou meio suspeita e na quis usar. O quarto tinha um guarda-roupa bem pequeno, como algumas teias de aranha ele não quis a roupa nas gavetas e prateiras. O guarda roupa era tão pequeno, mas tão pequeno que o cabide só dava inclinado, se colocasse reto a porta não fechava. Em frente ao guarda-roupa tinha um móvel desse tipo rack, com espaço ate para colocar cd, que ele usou para colocar a mala em cima, já que ele não tem idade para ficar se abaixando e mexendo na mala no chão. O quarto só tinha uma tomada, então só um podia carregar o celular, a gente ficou revezando. A porta do quarto e de veneziana de alumínio, e o no quarto e em frente ao refeitório, ao lado da recepção. Como hoje, terça-feira muita gente chega para começar os trabalhos na casa Dom Inácio foi um tal de gente chegando e falando alto que não tinha fim. Não preciso nem dizer que papai ficou nervosíssimo com o barulho e não conseguia dormir de jeito nenhum. A noite ia ser longa, pelo menos para ele, porque eu já estava desmaiando de sono. Nessa aventura eu não fui parceira, deixei rodando no quarto de um lado para o outro com a luz acessa, coloquei uma mascara de dormir, virei para o lado e apaguei...

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