Retorno ao trabalho após os dias de folga no Carnaval

Depois de dias tão felizes ao lado dos amigos e meu marido, chegou a hora de voltar para o batente. Não que eu não goste de trabalhar, eu gosto. Na verdade já trabalho tanto a tanto tempo que não consigo ficar parada nem poucos minutos, até nos dias que não trabalho na lavanderia arrumo coisas para fazer dentro de casa (e isso é uma coisa que toda dona de casa sabe que não falta nunca, afazeres domésticos). Mas quando a gente acostuma com uma vidinha mais leve (praia, piscina, sauna, caminhada na orla, comidinhas e quitutes...) fica mais difícil pegar no pesado. E isso eu tenho que admitir, o trabalho na lavanderia não é moleza não. Ali todo mundo é “gente que rala”. Além do calor danado que é lá dentro (é tão quente que parece que a rua tem ar condicionado...) o serviço é braçal. Todo mundo que leva uma roupa para a lavanderia leva (na maioria das vezes) uma roupa toda suja e manchada e quer receber uma roupa tão nova quanto ela era no dia que saiu da loja. E mesmo se esforçando muito, isso está fora do meu alcance, porque já está no campo dos milagres, coisa fora de minha jurisdição (por mais religiosa que eu seja, não conheço prece, canto devocional, mantras, simpatia ou qualquer coisa que faça esse tipo de milagre. E se conhecesse também não faria, não queimaria meus pedidos e esforços no mundo astral com coisas tão pequenas.) Outra coisa também que anda difícil administrar hoje em dia é a pressa das pessoas. O engraçado é que você vai ao banco tem que aguardar quietinho na fila, vai ao supermercado também, ai quando chega na lavanderia não quer esperar nem digitar o rol da roupa. Mas como lá temos um lema “não importa quão nervoso, estressado ou mal humorado está o cliente, sorria para ele” eu tento congelar um sorriso no rosto e bola para frente. Mas claro que tem suas vantagens. Algumas entregas são até gostosas de fazer. Uma delas é a entrega no Sheraton. Quem resiste a esse visual?