quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Mudar o passado?!

Hoje enquanto arrumava a casa liguei a TV e estava passando uma reprise do seriado “médium” (que eu gosto muito, mas não tenho tido tempo de acompanhar por falta de tempo). Esse seriado é com a atriz Patrícia Arquette (ela foi protagonista do filme “Estigmata”). Essa série foi inspirada na verdadeira história de Allidon Duboi, uma médium americana que auxiliava a policia do Texas a desvendar assassinatos. Quando a história é verídica o gostinho é ainda melhor, não é mesmo? E eu não devo ser a única que gosta (eu digo isso porque tem um seriado que eu e minha filhota gostamos que eu não conheço mais ninguém no planeta que assistiu “Joan of Arcadia”, he,he... Mas o “Médium” foi indicado para 16 Emmy Awards).


No episódio que assisti hoje (não consegui descobrir o nome do episódio de hoje), Allison (o personagem principal do seriado) aborda a importância de suas escolhas e à que caminhos essas escolhas a levaram... E claro que isso também me fez pensar nas minhas escolhas. Alguma vez você já se perguntou isso? “E se eu tivesse feito diferente?” No filme Crimes e Pecados, o personagem interpretado por Woody Allen também fala isso: "Nós somos a soma das nossas decisões".

O interessante é que eu tenho batido muito nessa tecla ultimamente e minha irmã tenta sempre acalmar meu coração me dizendo que eu fiz o melhor que era possível na época. Que a gente nunca pode avaliar porque escolhemos ou fizemos algo no passado julgando com os valores que temos hoje em dia. A vida nos ensina e ensina muito! Pegando a frase de Richard Bach: “No fim, é o que aprendemos o que importa: o que aprendemos e como nos desenvolvemos.

E se não escolhemos também já estamos fazendo uma escolha, em ser passivo e não escolher e até isso tem uma conseqüência.

Eu me cobro muito, mas sei que não posso fazer que essas cobranças sejam pesos. Porque muito peso se torna um fardo e ai é difícil carregar. Eu me consolo em Augusto Curry que diz que todas as escolham geram algum tipo de perda. Como minha querida mãezinha dizia tudo na vida tem perdas e ganhos, ela até brincava com um poema “você precisa se colher se põe o anel ou põe a luva”. É meio louco pensar que eu tenho que estar sempre preparada para arcar com as desvantagens do que escolhi e em perder as vantagens do que não escolhi. Ohhh, louco!!!

Ontem mesmo ao telefone com minha amada irmã ela me disse que ao olhar para o passado nos deparemos com momentos que não agimos da melhor forma não devemos nos martirizar por isso. Devemos apenas reconhecer onde e porque errados ou não fizemos uma escolha mais adequada, aprender com isso e pedir perdão em nossas orações e seguir em frente.

Isso às vezes parece uma coisa louca porque o dia todo fazemos escolhas: escolhemos que roupa sair (e será que vão nos julgar melhor ou pior por isso?), o que comer (vamos engordar ou manter a forma), e por aí vai... Tem escolhas que mudam caminhos: que religião seguir, que profissão ter, quem namorar ou casar, os filhos que vamos ter, o país onde morar e por ai vai... Pedro Bial já falou sobre isso também e disse que nossas escolhas tem 50% de chance de darem certo e 50% de chance de darem errado. Margem grande para erro...

O Padre Fabio de Melo já coloca da seguinte forma: “Hoje, neste tempo que é seu, o futuro está sendo plantado. As escolhas que você procura, os amigos que você cultiva, as leituras que você faz, os valores que você abraça, os amores que você ama, tudo será determinante para a colheita futura”.

Quando penso que quando fiz uma escolha o futuro da minha vida começou a se desenhar ali, chega a dar medo. Foram todas as minhas escolhas que me trouxeram onde estou, que colocaram no meu caminho os amigos que tenho e tantas outras coisas!

Isso me lembra a teoria do efeito borboleta que diz que o bater das asas de uma borboleta aqui no Brasil pode causar um tufão na China. Tem um filme baseado nisso que tenta mostrar que por mais insignificante que possa parecer alguma escolha você pode estar mudando sua vida por completo nessa escolha banal. Se conseguíssemos voltar ao passado e mudar algo, que rumo à vida tomaria?

No filme “Efeito borboleta”, toda vez que o personagem Evan volta para mudar sua escolha ele piora tudo e as conseqüências são ainda mais complicadas. Isso me leva a pensar outra coisa: Será que o que escolhemos nos leva a viver o melhor que podemos viver nas circunstâncias do momento?

Veja por exemplo como eu comecei a namorar meu marido: Um amigo me chamou para ir jantar no galeto e meu marido chegou também e daí tudo se desenrolou até casarmos. E se eu não tivesse ido?

Uma vez estava indo no shopping fazer uma sessão de massagem em uma clinica de estética. A massagista estava atrasada e pediu para eu dar uma volta no shopping por 30 minutos. Quando eu passeava pelos corredores vi uma feira esotérica com tendas para atendimento e palestras. Como eu só tinha meia hora tive que optar entre fazer uma consulta gratuita ou assistir a palestra. Resolvi perguntar para uma moça bonita e simpática que fazia parte da organização do evento o que ela me sugeriria. Ela me disse: “entre uma consulta de 15minutos e o conhecimento, eu ficaria com o conhecimento.” Optei então por assistir a palestra. Acabei que fiquei a tarde toda assistindo uma palestra atrás da outra e nem voltei para fazer a massagem. Essa mesmo moça bonita e simpática percebendo meu interesse nas palestras me convidou para participar de um grupo de estudos (gratuito) às sextas-feiras. A partir dessa escolha minha vida mudou!

Primeiro porque conheci amigas extraordinárias, amizades sem interesse, amizades puras, dessas que ligam as almas. Esse foi o primeiro tesouro que recebi. Depois porque nesse um ano que passei todas as sextas-feiras lá na “Aurora Boreal” (o nome do espaço onde eram as aulas) das 10hs da manhã até as 18hs. Lá orávamos, cantávamos, meditávamos, estudávamos, etc. Foram as melhores sextas-feiras da minha vida!



E claro que a partir daí conheci o mundo que os olhos não vêem, o mundo invisível, o mundo das energias mágicas e divinas. Energias que tocaram o meu espírito, que mudaram meu íntimo e fizeram uma reforma completa no meu ser. Desse momento em diante nunca mais vi o mundo com os mesmos olhos. Nunca mais me relacionei com as pessoas da mesma maneira. Nunca mais vivi a vida da mesma forma.

Foram tantos aprendizados...

Em alguns estudos me profissionalizei, como o caso da astrologia. E nessa jornada fizeram parte da minha jornada aluno-mestre pessoas singulares:

Com a Paula Salotti aprendi que precisamos ficar em sintonia com o nosso Deus e assim ficamos dentro da nossa trajetória. Se eu não faço essa sintonia eu fecho uma porta de entendimento e não consigo entender o que vim fazer aqui na terra. Ela me ensinou a receber essas energias pela porta da frente, porque se eu fecho essa porta e nego esse aprendizado eu atraio de uma outra forma, através das pessoas. Ela me ensinou que para saber o meu destino eu preciso entender quem sou eu. E na hora que eu consigo vibrar numa dimensão melhor o meu destino mudará. Só assim eu não fico à mercê de uma força externa e sim participo da confecção do meu destino.

Com o Carlos Holanda aprendi a importância das estrelas na minha vida! Ah como aqueles pontinhos azuis brilhantes no céus tem tanto a nos ensinar!

Com José Maria aprendi que tudo que acontece está escrito, mas que nem tudo que está escrito tem que necessariamente acontecer. E que não podemos ser tudo o que queremos ser, mas que devemos ser o que nascemos para ser. E que a astrologia trás essa memória de quem nós somos. Mas depois de uma escolha, uma vez feito, está feito! Mas antes da escolha temos todas as possibilidades de escolha do mundo.

Com Fernando Fernandes aprendi que todo mundo tem possibilidade de fazer contato com o divino. Mesmo que você parta do princípio que existe um só principio criador, existem muitos caminhos para chegar na fonte. E o importante é respeitar o caminho particular de cada um. Na medida em que você se reconhece como um ser “humano”, você se torna mais consciente disso.

Com o Bola aprendi que somos devedores dos nossos aspectos positivo do mapa e credores dos aspectos negativos e que temos que ir a busca do que nos falta. As tensões fazem as pessoas irem em busca de uma nova visão, uma nova percepção, de uma transformação de valores. Uma dica precisa do Bola: Se você quiser acompanhar a evolução da sua alma você tem que acompanhar as progressões e trânsitos da lua.

O Alexey me ensinou que existem 12 maneiras de amar e com vários níveis e nenhum deles é melhor. Que devemos olhar o outro como “um outro” e não como gostaríamos que ele fosse. Devemos sempre nos perguntar qual é a nossa melhor qualidade afetiva?

Com a Rubia passeei pelas plêiades, carreguei o mundo com o Atlas, andei na carruagem de Apolo, e viajei o mundo entre raptos de deuses, deusas e ninfas, guerras com ciclopes e titãs fomos até o Olímpio. Escutamos previsões do oráculo de Delphus. Aprendi com Hércules e seus 12 trabalhos a superar situações críticas, como a hidra de Lerna, que me ensinou que se uma emoção está mal resolvida ela cria um monstro, e se você não acaba com ele amanhã, o problema fica maior e nasce outra “cabeça”. Aprendi entre arquétipos a pensar no significado das coisas que ainda não estão “arrumadas em nossa vida”.

Com o prof. Cid aprendi a “natureza do bem e do mal” e a ordenar o meu conhecimento pelo bem (segundo ele o mal é uma desordem da faculdade do conhecimento, o mal é a corrupção do bem), e a solução é a gente se conhecer.

Com a Marcia Mattos aprendi que os planetas lentos demoram para nos dar tempo de nos transformarmos, porque transformação não se faz da noite para o dia, não se faz imediatamente, é um processo lento. Para percebermos, nos adaptarmos e mudar. Segundo ela isso é um ato de generosidade do planeta!

Foram muitos outros Mestres, mas se eu fosse citar um parágrafo de cada um não terminaria esse ano (deixo para citar os outros em outros posts). Aqui citei apenas os que eu tive maior convívio em astrologia.

Claro que não poderia deixar de mencionar meu mestre tão singular Nei Naiff, que me levou ao mundo do tarô, que me alerta se eu estou no caminho da alegria e da prosperidade ou se eu estou indo para um caminho que pode levar a alguma destruição na minha vida. Ele me mostrou que na vida temos muito mais caminhos abertos do que fechados, já que das 22 cartas, só cinco indicam caminhos fechados, o resto aberto. E um dos aprendizados da vida está em escolher adequadamente o caminho a seguir.

Depois de beber desta fonte de conhecimentos, claro que eu não poderia continuar a mesma pessoa. E isso me leva de volta ao tópico inicial:

E se eu não tivesse ido assistir à palestra???

Lembrando mais um pedaço do episódio do seriado “Médium”, no final a Allison diz em um sonho para a avó que não mudaria em nada suas escolhas. E a avó dela pergunta: “E suas cicatrizes?”

A Allison responde: “também fazem parte de mim. E um dia elas vão ser apenas uma marca.”

Eu também tenho muitas cicatrizes, mas com o tempo as marcas foram sumindo e deixaram apenas uma coisa: força! Foi isso que as feridas passadas fizeram, me deixaram mais forte para prosseguir a minha caminhada e à diante conseguir passar por outras provas da vida, pois a vida é isso, um ciclo eterno. Hoje essa força me sustenta para me ajudar a superar mais um dos desafios que me vida impõe, como impõe a você querida irmã. Mas nós somos como aquele desenho animado. que dois irmãos precisam unir duas partes do anel para evocar forças ,que no desenho é representada pelo Shazan. Nossos anéis estão juntos e vamos usar nossos super-poderes, não é mesmo?

Lembre-se sempre que estarei ao seu lado, pronta para unir nossos anéis e evocar as energias do Universo!

Beijos

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